Quase 50 anos depois de sua morte, a ossada do militante político Dimas Antônio Casemiro foi identificada na famigerada vala de Perus, situada no Cemitério Dom Bosco, no bairro Perus, zona norte de São Paulo.<br />Esta vala foi identificada apenas em 1990, quando o administrador do cemitério na época, Antônio Pires Eustáquio percebeu, depois de um processo de exumação, que haviam ossadas não identificadas enterradas ali, que não haviam sido submetidas aos trâmites devidos.<br />Durantes muitos anos, muitos esforços foram realizados para analisar e identificar as ossadas encontradas no cemitério Dom Bosco, mas a falta de recursos e o poder público tiveram mais sucesso em frear as investigações.<br />Apenas em 2014, com as comissões regionais e nacionais da verdade, é que os trabalhos puderam ser retomados de fato.<br />Quatro anos depois, em um trabalho conjunto entre o Grupo de Trabalho Perus (GTP-Perus), das secretarias de Direitos Humanos dos governos federal e municipal de São Paulo e das Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Universidade de São Paulo (USP), contando com um outro laboratório situado na Bósnia - International Comission on Missing Persons (ICMP) – foi possível identificar a ossada de Casemiro e, assim, fortalecer a importância desse trabalho de identificação dessas vítimas da ditadura, que a história não tratou de jogá-los no esquecimento.
