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OS DOCUMENTOS DA CIA DEIXAM CLARO: É HORA DE ABRIR OS ARQUIVOS DA DITADURA

2018-07-31 1 Dailymotion

É hora da Suprema Corte, o Supremo Federal Brasileiro, rever a Lei da Anistia. E é hora de as Forças Armadas abrirem seus arquivos. É preciso que o Brasil conheça quem foram os assassinos e eles respondam por isso na Justiça.<br /><br />[Transcrição]<br /><br />Documentos da Central de Inteligência Americana, a CIA, revelam aquilo que já sabíamos, mas agora temos a prova que o presidente da República, na verdade, o ditador militar Geisel, antes Médici, depois Figueiredo, ordenavam o assassinato de opositores do regime, a tortura e o assassinato. <br /><br />Muitos ainda desaparecidos, sem um enterro digno, sem que suas famílias conheçam o destino que tiveram. <br /><br />O documento comprova e exige que os arquivos da ditadura sejam abertos. Essa luta nós fazemos há muitos anos. Durante o próprio governo do presidente Lula a fizemos, Genoino e eu. <br /><br />Hoje o país acorda sabendo que o DOI-CODI, que era um órgão ligado ao Centro de Inteligência do Exército, portanto, ao Estado-Maior do Exército, portanto sob o comando do presidente da República e do Serviço Nacional de Inteligência, o SNI ordenavam o assassinato de opositores ao regime. Assim morreram depois dessa ordem dada em março e em abril de 1974, 84 opositores. E 104 já haviam sido assassinados. <br /><br />A Lei da Anistia, na verdade, protegeu os criminosos, os torturadores, os assassinos que a sangue-frio matavam opositores. <br /><br />É hora da Suprema Corte, o Supremo Federal Brasileiro, rever a Lei da Anistia. E é hora de as Forças Armadas abrirem seus arquivos. É preciso que o Brasil conheça quem foram os assassinos e eles respondam por isso na Justiça. Para que não volte acontecer o que se passou naqueles anos da ditadura. Jovens como Osvaldão do Araguaia, Osvaldo Orlando da minha cidade, Passa Quatro, assassinado. Zuzu Angel, a estilista, que lutava para esclarecer a morte de seu filho, assassinada num acidente forjado. <br /><br />Assim foi também como João Leonardo da Silva Rocha, meu companheiro que voltou comigo para o Brasil para lutar contra a ditadura, assassinado na Bahia entre 74 e 75. <br /><br />São centenas de jovens, homens e mulheres que lutavam pela liberdade, pela democracia, lutavam com aquilo que tinham, a sua vida, a sua juventude, seus sonhos, a luta pela liberdade. <br /><br />Não podemos esquecer e precisamos punir os responsáveis por esses crimes. Que o estado brasileiro assuma e que as Forças Armadas abra os seus arquivos. Que o Supremo Tribunal Federal reveja a Lei da Anistia.

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