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​MARIELLE E LULA, VÍTIMAS DO "NOVO NORMAL" NA MÍDIA MANIPULADA

2018-07-31 1 Dailymotion

“Fake news” por excelência, serve a alguns e prejudica outros, como é típico do jornalismo de campanha e de sua informação teleguiada.<br /><br />[Trasnscrição]<br /><br />A mídia brasileira está operando um novo padrão de manipulação. Se não é novo, certamente é usado agora com grande ênfase.<br /><br />Os padrões de manipulação, você sabe, são estudados há décadas pelos analistas da mídia. Por aqueles que têm visão crítica, naturalmente, não os apologistas.<br /><br />“As 10 Estratégias de Manipulação Midiática”, atribuídas a Noam Chomsky, mas que seriam de autoria de um pensador francês misterioso, Sylvain Timsit, já são um clássico da internet progressista.<br /><br />Menos conhecidos, talvez, mas perfeitamente calibrados para a realidade brasileira, temos os “Padrões de Manipulação da Grande Imprensa”, que o jornalista e professor Perseu Abramo, inesquecível mestre, identificou 30 anos atrás.<br /><br />Mas o novo ou renovado padrão da mídia brasileira atual não consta desses textos, ao menos de forma autônoma. É o padrão de “naturalização”. <br /><br />Manipula-se a realidade para produzir um fato, ou para expressá-la da forma que se deseja, e uma vez criada essa nova realidade alterada pelo não-fato ou por sua expressão manipulada, cuida-se de vendê-la como perfeitamente normal, produto da ordem natural das coisas.<br /><br />O que é artificial, falso, mentiroso - porque é produto de manipulação do real - torna-se o novo normal. O novo natural.<br /><br />E nem é preciso dizer que essa naturalização do que é falso, “fake news” por excelência, serve a alguns e prejudica outros, como é típico do jornalismo de campanha e de sua informação teleguiada.<br /><br />Dois exemplos bem claros disso: Marielle e Lula.<br /><br />A combativa vereadora da esquerda carioca, defensora das comunidades pobres contra a violência policial e miliciana - e vítima exatamente delas -, foi cuidadosamente “desossada” de sua personalidade real pela mídia.<br /><br />Foi beatificada como uma espécie de Madre Teresa da Calcutá fluminense, uma promotora da bondade, apolítica e etérea, que morreu por causa de uma “violência urbana” genérica, sem nome, sem origem, sem vínculos.<br /><br />Mais de 50 dias depois de seu assassinato, Marielle segue nesta segunda morte matada. Nada avança nas investigações de seu caso, e também nada resgata a sua imagem real para as pessoas comuns, freguesas da grande mídia comercial.<br /><br />Apenas mais um crime comum, contra uma moça de bom coração com os pobres. Está naturalizada a percepção da maioria sobre Marielle e seu martírio. Naturalmente despolitizada.<br /><br />Idem com o ex-presidente da República. Está preso há quase um mês por um suposto crime não demonstrado, muito menos provado, em processo fraudulento no espírito e na forma, montado com o descarado propósito de neutralizá-lo politicamente. <br /><br />Mas, para a maioria do povo, vítima da dieta desinformativa da mídia comercial, Lula ainda é um preso comum, aliás o maior bandido do Brasil. <br /><br />Está encarcerado com toda a justiça depois de condenado em processo limpíssimo, tocado por heróicos promotores e juízes, à qual a Nação rende o seu preito de gratidão.<br /><br />Acampamento e atos por sua libertação, manifestações em seu favor mundo afora, denúncias constantes da ilegitimidade de seu processo, nada disso abala a ordem natural da cobertura jornalística, cada vez mais reduzida, do preso que o golpe deseja silenciar. <br /><br />São apenas “petistas” os que protestam, os "esquerdopatas”, a cupinchada amiga.<br /><br />Não as forças populares, que têm ressonância e apoio para vencer 4 eleições presidenciais consecutivas, e que detêm no momento, com Lula, 1/3 das intenções de voto para obter a quinta vitória.<br /><br />A naturalização do anormal quer matar suavemente. Eliminar por virada de página. Anular por mudança de assunto.<br /><br />A tarefa é estressar sempre - denunciar, criticar, combater - para impedir que isso aconteça.

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