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O TERÇO DO PAPA A LULA EXPÕE A MISSA DAS "FAKE NEWS"

2018-07-31 5 Dailymotion

A mídia comercial brasileira está armada e em campanha pela demolição da política trabalhista, de seu projeto desenvolvimentista e dos partidos e atores que os sustentam.<br /><br />[Transcrição]<br /><br />Até agora, as “fake news” passavam como a tradução para o inglês de “notícias falsas”. <br /><br />Mas nesta semana a nossa diligente mídia corporativa deixou claro que não é bem isso. São coisas bem distintas.<br /><br />Notícia falsa segue sendo aquilo que sabíamos desde sempre: a notícia que não corresponde à realidade e, portanto, não é verdadeira.<br /><br />Já as fake news são aquilo que se quer que elas sejam. São notícias que correspondem à realidade desejada, com ou sem fato, tanto faz a verdade.<br /><br />Pior ainda: são notícias validadas por agências de checagem de fatos, que foram criadas, supostamente, para impedir e não chancelar as fake news.<br /><br />E como foi que aprendemos essa crucial diferença entre a água e o vinho, na mesa da boa informação?<br /><br />Sorvendo diretamente do cálice papal, que a mídia comercial e midiotas de todo o planeta se esforçam por azedar.<br /><br />O Papa Francisco mandou um emissário trazer uma mensagem de apoio a Lula e um terço de presente. <br /><br />Mas a juíza de exceção que zela pela prisão política do ex-presidente impediu que o emissário tivesse acesso a ele.<br /><br />O assunto repercutiu nas redes sociais e começou a disputa em torno dele. <br /><br />A direita católica brasileira, anti-Lula e anti-Francisco, ecoou uma nota da agência Vatican News como palavra oficial do Vaticano, negando que o advogado argentino Juan Grabois fosse emissário do Papa ou consultor do Vaticano, e que o terço trazido por ele fosse bento.<br /><br />A agência de checagem Lupa confirmou essa versão, apontando "fake news". <br /><br />Aí começou o conhecido festival de desqualificação que a mídia de mercado promove, sempre que um tema ou personagem da esquerda entra em cena. <br /><br />Arrasaram Grabois, Lula, o terço, a visita e todos que noticiaram, até que a Vatican News voltou atrás e confirmou o emissário, suas credenciais e o presente que ele trouxe.<br /><br />O episódio deixou a nú o uso político que o bloco de poder conservador e sua mídia querem fazer desse tema das “fake news”, na guerra que trava contra a esquerda.<br /><br />Ele indica bem que tipo de notícia, de qual procedência, será denunciado no período eleitoral ao TSE: todo aquele que possa gerar constrangimento e sanções aos candidatos progressistas. <br /><br />Indica também o papel cartorial, certificador desse uso político da informação, que as agências de checagem de fatos poderão ter, se não checarem seus próprios procedimentos e parâmetros éticos.<br /><br />A mídia comercial brasileira está armada e em campanha pela demolição da política trabalhista, de seu projeto desenvolvimentista e dos partidos e atores que os sustentam.<br /><br />Nessa guerra, ela vem se revelando a maior produtora de notícias falsas do planeta.<br /><br />Mentira, omissão, desqualificação e manipulação são práticas diárias de seu noticiarismo.<br /><br />Mas as "fake news" para ela, é claro, são só os outros que praticam. <br /><br />Para que ela possa “denunciar” e usá-las à vontade, na incansável labuta de tanger a opinião pública como seu gado.<br /><br />Quem for otário que compre - e seja feliz, mugindo de indignação fabricada.

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