Que a gente aprenda, com delicadeza e coragem, a não depender do amor alheio para florescer. Que a felicidade brote primeiro dentro, como uma chama serena que não se apaga com o vento de ausências.<br />Que voltemos a caminhar com as mãos soltas, os braços leves, a alma despida de medos — prontos para abraçar a vida com ternura.<br />Que o olhar que oferecemos ao espelho seja o mais gentil de todos, um olhar que acolhe, que entende, que respeita a nossa própria história. Que saibamos cuidar com carinho do que escutamos, do que sentimos, do que decidimos guardar e, principalmente, da forma como enxergamos o mundo.<br />Que a memória seja sábia: selecione aprendizados e descarte feridas que não merecem mais eco. Que o coração, ainda que tenha cicatrizes, se torne forte, imune ao desamor e à ausência de afeto.<br />Que sejamos inteiros nas escolhas que fazemos, donos dos passos que damos, conscientes dos amores que permitimos ficar.<br />E que nunca nos falte fé — aquela que sustenta mesmo quando tudo balança.<br />Que o sorriso se mantenha firme no rosto, iluminando os dias cinzentos, porque há uma certeza que nos consola: o sol, sempre, sempre volta.
