Às vezes, sim, eu me sinto só. <br />Mas não é porque falta alguém… é porque, desde que tudo terminou, eu escolhi ficar sozinho.<br />Não por orgulho, nem por medo — mas por respeito ao que vivi e ao que ainda estou me tornando.<br /><br />Não fui atrás de distrações, nem busquei consolo em outros braços.<br />Porque eu sabia: não se cura uma história mergulhando em outra.<br />Eu precisava sentir. Entender. Aceitar.<br /><br />Esse silêncio que hoje me acompanha faz parte do meu processo.<br />A ausência pesa, principalmente nas noites longas ou nos dias em que a saudade aparece sem avisar.<br />Mas há uma paz nisso, porque é verdadeira.<br /><br />Sei que não estou usando ninguém pra esquecer, nem fingindo estar bem em companhia vazia.<br />Fiquei comigo. E isso não é solidão — é reconstrução.<br /><br />Já me entreguei de verdade. E quando se ama assim, não dá pra seguir como se nada tivesse acontecido.<br />Eu precisei parar. Me olhar. Cuidar das partes quebradas, com calma.<br /><br />Não quero metades, nem promessas vazias.<br />Quero algo inteiro. Real. E pra isso… eu também preciso estar inteiro.<br /><br />Então, sim… às vezes me sinto só.<br />Mas é uma solidão consciente. Um tempo meu.<br />Escolhido por amor próprio.<br /><br />E enquanto o novo não chega… eu sigo.<br />De pé. Em paz. Fiel a mim mesmo.