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Lava Jato denuncia “caráter inusitado” dos pedidos da vice-PGR para acessar investigações

2025-06-20 0 Dailymotion

Como publicamos há pouco, o grupo da Lava Jato na PGR pediu demissão coletiva por discordar da gestão de Augusto Aras. A gota d’água foi uma manobra da vice-PGR, Lindôra Araújo, para copiar os arquivos do MPF em Curitiba com todas as investigações – inclusive as que ainda não foram deflagradas.<br /><br />A medida foi denunciada pelos procuradores à Corregedoria-Geral do Ministério Público.<br /><br />No documento, obtido por O Antagonista, a Procuradoria da República informa que Lindôra “buscou acesso a informações, procedimentos e bases de dados desta força-tarefa em diligência efetuada sem prestar informações sobre a existência de um procedimento instaurado, formalização ou escopo definido”.<br /><br />A vice-PGR foi à Curitiba ontem acompanhada do secretário de Segurança Institucional, delegado Marcos Ferreira dos Santos, além de membro integrante do gabinete de Aras, o procurador Galtienio da Cruz Paulino.<br /><br />Na reunião, ela informou que queria “examinar o acervo da força-tarefa do MPF no caso da Lava Jato no Paraná”, para “verificar qual foi o tratamento dado às pendências: se viraram notícias de fato, denúncias ou foram arquivadas”.<br /><br />Ao chegar à sede da Procuradoria no Paraná, Lindôra disse ainda que “seria executado” um trabalho “na área de tecnologia de informação”.<br /><br />Questionada por Deltan Dallagnol e demais procuradores, ela alegou que o compartilhamento dos dados seria “para fins de inteligência”. Sendo informada que os pedidos deveriam “se cercar das cautelas jurídicas adequadas para evitar questionamentos e arguição de nulidades sobre informações e provas”.<br /><br />Galtiero Paulino, segundo o relato feito pela força-tarefa no ofício, afirmou que a PGR estaria “fazendo um inventário bem grande do Brasil inteiro”.<br /><br />Os procuradores, porém, não engoliram a versão, especialmente devido ao “caráter inusitado das solicitações, sem formalização dos pedidos e diligências”. Desconfiados, consultaram a Corregedoria e descobriram que “não há qualquer procedimento” instaurado para embasar o pedido de acesso de Lindôra.<br /><br />Os procuradores explicaram à vice-PGR, então, que ela poderia ter acesso a dados públicos e, no caso dos sigilosos, desde que houvesse “base fática e formalização”, por meio de “decisões judiciais pretéritas, dependendo eventual uso de formalização do pedido de compartilhamento”.<br /><br />Lindôra irritou-se, desistiu da diligência e mandou que fosse “exarada certidão informando que lhe teria sido negado acesso a informações” e que pediria a instauração de correição do CNMP contra a força-tarefa.<br />--<br />Cadastre-se para receber nossa newsletter:<br />https://bit.ly/2Gl9AdL<br /><br />Confira mais notícias em nosso site:<br />https://www.oantagonista.com<br /><br />Acompanhe nossas redes sociais:<br />https://www.fb.com/oantagonista<br />https://www.twitter.com/o_antagonista<br />https://www.instagram.com/o_antagonista

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