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Justiça espanhola vai rastrear contas de líderes de esquerda delatados por ex-general chavista

2025-06-23 1 Dailymotion

O juiz Manuel García-Castellón, do Tribunal Central de Instrução da Espanha, autorizou a Unidade de Crimes Econômicos e Fiscais (UDEF) da Polícia a rastrear as contas bancárias de Juan Carlos Monedero e Carolina Bescansa, cofundadores do partido de esquerda Podemos. Eles foram delatados por Hugo Carvajal, ex-chefe da Inteligência de Hugo Chávez.<br /><br />Segundo o jornal "Ok Diário", o ex-general chavista relatou, em delação premiada, que entregou a Monedero milhares de dólares, em malas diplomáticas e através de empresas de fachada venezuelanas sediadas em território espanhol.<br /><br />Em 2018, Monedero visitou Lula na cela da Polícia Federal, em Curitiba, e depois deu uma rápida entrevista, alegando condições precárias da prisão -- o petista foi acomodado numa cela com frigobar, TV e esteira ergométrica -- e acusando os EUA de minarem a democracia na América Latina. "A democracia no Brasil se chama Lula", disse.<br /><br />Como a Crusoé publicou, em outubro do ano passado, Carvajal contou em sua colaboração que o governo venezuelano também teria financiado outros políticos da esquerda latino-americana, inclusive Lula. Até o momento, porém, não foram divulgados mais detalhes da acusação. A PGR de Augusto Aras tampouco solicitou cooperação internacional para apurar a denúncia.<br /><br />Na Espanha, o esquema criminoso de financiamento político, delatado por Carvajal, quase foi para o arquivo, após decisão da procuradora-geral Dolores Delgado, nomeada pelo atual presidente, Pedro Sánchez, com quem Lula se reuniu logo após a denúncia vir à tona. Sánchez é do PSOE, de centro-esquerda e aliado do Podemos, de Monedero.<br /><br />Segundo relato de Carvajal, Monedero era uma espécie de arrecadador do Podemos junto à ditadura venezuelana. Para sustentar suas alegações, o ex-militar chavista entregou provas, como ordens de pagamento realizadas pela petroleira PDVSA a empresas de fachada venezuelanas sediadas em território espanhol -- método semelhante ao usado no petrolão.<br /><br />"Meu informante recolheu o dinheiro na Embaixada de Cuba na Venezuela e o entregou a Williams Amaro, que o levou ao Hotel Meliá Caracas e o entregou a Juan Carlos Monedero", disse Carvajal, citando secretário de Nicolás Maduro", segundo o OK Diário.<br /><br />"Lembro-me de um informe de uma entrega de US$ 600 mil dólares a William Amaro, vindo da Embaixada de Cuba na Venezuela. Acompanhei essa entrega para localizar o destino da operação. De fato, Amaro chegou ao Hotel Meliá com uma mala na mão, entrou no quarto de Juan Carlos Monedero e saiu 30 minutos depois sem a mala", detalha Carvajal.<br /><br />A complexa engenharia financeira para a lavagem desses fundos -- há suspeita que tenham origem no narcotráfico -- incluía o uso de offshores sediadas em paraísos fiscais no Caribe. A Justiça espanhola espera rastrear o caminho do dinheiro, entre os anos 2011 e 2018. Carvajal está preso na Espanha e teve pedido de extradição aos EUA suspenso, em março.<br /><br />Cadastre-se para receber nossa newsletter:<br />https://bit.ly/2Gl9AdL​<br /><br />Confira mais notícias em nosso site:<br />https://www.oantagonista.com​<br /><br />Acompanhe nossas redes sociais:<br />https://www.fb.com/oantagonista​<br />https://www.twitter.com/o_antagonista​<br />https://www.instagram.com/o_antagonista

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