O deputado federal Filipe Barros (PL), pré-candidato ao Senado pelo Paraná, fez duras críticas ao Itamaraty após a recusa do governo federal em custear o traslado do corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta semana, Barros classificou como “revoltante” a nota oficial do Ministério das Relações Exteriores que informou à família que os custos com o transporte seriam de responsabilidade dos próprios parentes da vítima.<br /><br />Juliana Marins foi encontrada morta após sofrer uma queda acidental em uma região de difícil acesso. O resgate do corpo foi feito por agentes da agência de busca e salvamento da Indonésia, e agora a família busca apoio para levá-lo de volta ao Brasil. Segundo Filipe Barros, o governo brasileiro tem sido omisso no caso.<br /><br />"O mesmo Itamaraty, que mandou um avião da FAB ao Peru para buscar a ex-primeira-dama Nadine Heredia, condenada por corrupção, agora se recusa a prestar assistência a uma brasileira morta em solo estrangeiro. É inadmissível", declarou o parlamentar.<br /><br />Como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, Barros anunciou que designou a deputada Carla Dickson (União-RN) como relatora do Projeto de Lei 3338/2015. O texto, de autoria da deputada Geovânia de Sá (PSDB), estabelece que o Itamaraty será responsável por arcar com os custos de repatriação de corpos de brasileiros que falecerem no exterior, desde que comprovada a falta de recursos da família.<br /><br />“Vamos colocar esse projeto em votação na próxima semana. É uma resposta necessária diante da negligência com a família da Juliana”, afirmou Barros.<br /><br />O caso reacende o debate sobre o papel do Estado na assistência consular e na garantia de dignidade para cidadãos brasileiros em situações de vulnerabilidade fora do país. A tramitação do projeto poderá representar um marco na forma como o Brasil lida com casos semelhantes, oferecendo amparo às famílias que, além da dor da perda, enfrentam dificuldades financeiras para trazer seus entes queridos de volta para casa.
