..."Uma tonalidade é expressa pela utilização de todas as suas notas. Uma escala (ou parte dela) <br />e uma certa disposição dos acordes irão afirmá-la com maior clareza"... <br /><br />..."Distinguir uma tonalidade das demais que a ela se assemelham é o primeiro passo <br />para um inequívoco estabelecimento tonal. Dó maior difere de Sol maior(Dominante) <br />e de Fá maior (Subdominante) em apenas uma nota, respectivamente fá# e sib"... <br /><br />Os trechos do texto acima foram extraídos das pág. 29 e 30, do livro "Funções Estruturais da harmonia", <br />escrito pelo músicólogo austríaco-judeu Arnold Schoenberg. <br /><br />Não basta, simplesmente, ler um texto e guardar a sua informação teórica. Se queremos de fato aplicar uma dada matéria, deveremos nos dar ao trabalho de adaptar essa "teoria" à prática do nosso instrumento. Deveremos conseguir transpor toda a ideia e "enxergá-la" em todas as possíveis regiões do braço, sem que as diferentes alturas se tornem um obstáculo. Somente assim obteremos o resultado almejado. <br />Sabendo definir corretamente as "semelhanças" entre as diferentes alturas dos campos, saberemos, automaticamente, quais as suas "diferenças". Em poucas palavras, se estivermos comparando unicamente campos harmônicos maiores, diríamos que qualquer um terá tríades em comum com, apenas, outros quatro: <br />1) Aquele cujo I grau corresponda ao seu próprio IV grau (haverão 4 tríades em comum) <br />2) Aquele cujo I grau corresponda ao seu próprio V grau (haverão 4 tríades em comum) <br />3) Aquele cujo I grau corresponda ao seu próprio II grau (haverão 2 tríades em comum) <br />4) Aquele cujo I grau corresponda ao seu próprio bVII grau (haverão 2 tríades em comum) <br /><br />Mas, saber disso, não servirá de nada se não o conseguirmos "ver" e manipular tudo com soltura no nosso instrumento. <br />Esta matéria é imprescindível, para, desde já, ir "enxergando" no braço do instrumento as "regiões da tonalidade" e as "Funções Harmônicas" a elas pertencentes (mesmo que ainda não tenham, de fato, sido mencionadas "pelo seu nome"). Deveremos nos habituar, desde os primeiros estudos, com esse tipo de raciocínio lógico. <br />Insisto nesta "tecla": Não basta memorizar que o Campo Harmônico maior é: I IIm IIIm IV V VIm VIIm(b5), temos que ter em mente, também, que, o I VIm IV IIm corresponderão ao V IIIm I VIm do campo harmônico da sua Subdominante (IV); o I VIm V IIIm corresponderão ao IV IIm I VIm da sua Dominante(V); o IIm e o IV corresponderão ao IIIm V da Dominante da Mediante Maior abaixada (bVII), e, finalmente, que o IIIm e o V corresponderão ao da Super Tônica (II). <br />Repetindo: TUDO DEVERÁ ESTAR DEVIDAMENTE VISUALIZADO NO BRAÇO DO SEU INSTRUMENTO. <br />
